Estamos vivendo um momento único na história da Humanidade.
Cada vez mais a tecnologia nos traz informações de todos os cantos do mundo em tempo real.
Verdades são construídas e destruídas em segundos. Uma mentira não se sustenta por muito tempo, por mais que você queira…
No entanto, em um mundo cada vez mais transparente, muitas vezes as pessoas querem se tornar invisíveis.
Olhe ao seu redor.
Perceba quanta segurança é gerada quando você pode olhar as coisas e enxergar transparência.
Nos negócios, com os amigos, políticos, vizinhos, familiares…
Quando vemos transparência nos outros, isso nos traz segurança…, Mas quando é com a gente… A coisa muda de figura.
Isso porque ser transparente expõe nossas vulnerabilidades. E tem coisas que nós não queremos mostrar. Quer seja por nos sentirmos envergonhados ou por medo do julgamento alheio…, o fato é: nem sempre agimos da forma correta – muitas vezes agimos por impulso e acabamos “pisando no tomate”. Todos nós temos “esqueletos no armário”. Todos.
E nessa hora, quando nossa vulnerabilidade é exposta ao mundo queremos nos tornar invisíveis. Mas ser invisível é bom só por um tempo.
Isso porque todo SER HUMANO anseia por reconhecimento, significância. E ser invisível é igual a “não existir”, e por mais que seja conveniente se esconder, tem uma hora que isso vira um problema, pois, ao se tornar invisível, a pessoa não é reconhecida, não é vista, não é importante…E não ter a necessidade de reconhecimento atendida gera raiva, tristeza, solidão, abandono, revolta…
Ou seja, queremos ser invisíveis mas não queremos que seja para sempre. Somente nos momentos convenientes. E esse é o ponto chave, porque queremos a transparência dos outros, mas temos medo de ser transparentes.
E como resolver essa equação?
Acredito que o primeiro passo para resolver essa questão é decidir olhar para as nossas vulnerabilidades. Mas para isso precisamos estar nos sentindo minimamente fortes para encarar isso como um processo de evolução e crescimento. Se estiver se sentindo muito fragmentado talvez você precise de ajuda.
Ao decidir olhar para as suas vulnerabilidades, é possível, por meio do autoconhecimento, ir preenchendo algumas lacunas. Construir novos hábitos e resolver algumas histórias inacabadas, fazendo aquela “faxina no armário”.
Ao tratar suas vulnerabilidades e resolver seus conflitos internos, você vai se sentindo progressivamente mais confortável para “ser transparente” e não precisa mais “ser invisível”. Isso cria uma retroalimentação positiva na medida que sobra energia, melhora sua autoestima, e te dá mais forças para agir com coerência e seguir seus valores e princípios e fazer aquilo que se prega – “Walk the talk”.
Nem sempre é um caminho fácil ou retilíneo. Muitas vezes você vai se perceber fazendo uma coisa e dizendo outra. Você vai agir por impulso e “pisar no tomate”, mas ser transparente não se trata de ter que ser correto o tempo todo. Se trata de se aceitar como humano falível e buscar a cada instante melhorar, ser cada vez mais coerentes consigo.
E quer saber como fazer isso na prática?
Comece cuidando do seu corpo. Respeite o seu corpo.
Trate bem as pessoas ao seu redor. Elas irão refletir a sua forma de agir.
Cuide do ambiente ao seu redor. Jogue o lixo no lixo, cuide da natureza.
E perceba que todo SER HUMANO é um projeto em constante construção. Isso fica mais fácil se você decidir olhar para as pessoas (incluindo você) como elas são, e não como você idealiza que ela seja.
Não é um processo que se inicia e termina imediatamente. É uma jornada, e o mais belo dessa jornada é que ela se torna mais prazerosa ao apreciar a paisagem e o caminho a cada instante!